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Porto in Times of Cholera and War: A Bioarchaeological Approach to Human Frailty

With the awakening of the COVID19 pandemic, human frailty become a prominent topic in the social and human sciences. However, events such as these have a long standing memory, as was the case of the 14th century Black Death, 19th-century cholera or the 1918 influenzas.

Understanding how humans adapt to these catastrophic situations in the past is important for the living population since biological indicators are essential to understand the correlation between health, morbidity, and mortality.

Supported by new research developments in bioanthropology, borrowing from the concept of the social production of health, and the understanding that diseases have powerful social determinants, BeFRAIL explores how humans adapted to certain stressors in the past. This approach combines epidemiological concepts of frailty in living humans, with the necessary adequacy for its use when assessing past populations. It reinforces the hypothesis that biological resilient individuals, despite multiple stressors, would survive longer, but would have increased frailty.

BeFRAIL holistic and biocultural approach to the interpretation of diseases in the past, reinforcing the idea that studying mortality and morbidity is not limited to interpreting the biological data, but that these data must be contextualized within a wider social and cultural context.

BeFRAIL uses a multimethodological approach combining bioanthropology, bioarchaeology, biomolecular, biogeochemical, archaeological and archival analysis. It will study an archaeological collection associated to the hospital cemetery of the 3rd Order of Our Lady of CARMO, located in Porto (Portugal).

Chronologically, the excavated context is inserted between the years 1801 and 1869, a period with remarkable historical events in Portuguese history, particularly in the city of Oporto, namely the European Napoleonic Wars, the Oporto Siege during the Civil Revolution, and the Cholera epidemic.

O Porto em Tempos de Cólera e Guerra: Uma abordagem bioarqueológica à fragilidade humana

Com o despertar recente da pandemia do COVID19 a fragilidade humana assumiu-se como tópico proeminente das ciências sociais e humanas. Eventos como estes trazem-nos memórias antigas, como o caso da Peste Negra no século XIV, da cólera no século XIX ou das gripes de 1918.

Perceber como nos adaptamos a estas situações catastróficas no passado é importante para o presente, dado que os indicadores biológicos são essenciais para entender as correlações entre saúde, morbilidade e mortalidade.

Fundamentado em desenvolvimentos científicos na área da bioantropologia e bioarqueologia, socorrendo-se do conceito de produção social da saúde e da compreensão de que as doenças têm fortes determinantes sociais, BeFRAIL explora a fragilidade humana, e a sua resiliência humana a eventos stressantes no passado. Esta abordagem combina conceitos epidemiológicos sobre fragilidade nos vivos, com as necessárias adaptações ao seu uso no passado. Reforça a hipótese de que pessoas biologicamente resilientes, apesar de sujeitas a stress significativo, sobreviveriam, mas teriam uma fragilidade acrescida.

A abordagem holística e biocultural do BeFRAIL, à interpretação de doenças no passado, reforça a ideia de que estudar-se a mortalidade e a morbilidade não se limita à interpretação de dados biológicos, mas que estes devem ser contextualizados num panorama social e cultural mais vasto.

O BeFRAIL faz uso de uma abordagem multimetodológica, combinando áreas disciplinares como a bioantropologia, bioarqueologia, genómica, arqueologia, história e arquivística. Irá estudar um contexto arqueológico, e colecções associadas, ao cemitério do hospital da Ordem Terceira da Nossa Senhora do Carmo, localizado no Porto (Portugal).

Cronologicamente, esta colecção situa-se entre os anos de 1801 e 1869, um período recheado de eventos históricos assinaláveis na história de Portugal, particularmente na cidade do Porto, como as Guerras Napoleónicas, o Cerco ao Porto durante a Revolução Civil e a epidemia de cólera.